domingo, 19 de julio de 2015

VÉU SÓ NA IGREJA?

Escriba Valdemir publica livro COMPÊNDIO TEOLÓGICO SOBRE O VÉU. Mais de 300 páginas na qual argumenta sobre o mandamento das mulheres usarem véu. (amazon.com, clubedeautores.com.br e outras livrarias virtuais)

(Parte do livro)

VÉU SÓ NA IGREJA?


Os cristãos que querem agradar ao Senhor em tudo se perguntam se as mulheres devem usar o véu quando oram no culto na igreja, ou quando oram em casa também. Mesmo alguns que defendem ardentemente o uso do véu entendem que não precisar usam o véu fora do culto:
A resposta para cada uma dessas questões é NÃO! Este ensino da cobertura da cabeça com véu é para ser aplicado APENAS quando a igreja se congrega como tal - não noutras circunstâncias. (ICQ de Portugal)
Alguns grupos cristãos acreditam que o uso do véu deve ser contínuo pelas mulheres e argumentam assim:
Recorde que o propósito do véu é representar a sujeição da mulher cristã a sua cabeça. Já que essa relação entre o homem e a mulher não muda, a ela lhe convém levar o véu o tempo todo. Ademais, sua relação com Deus também é constante. A mulher cristã deve estar disposta a orar a Deus e testemunhar dele em todo tempo. Ao levar sobre a cabeça o véu ela sempre goza do privilégio de participar nessas atividades espirituais em todo momento. Se ela estiver em rebelião contra Deus quanto a esta doutrina bíblica, ainda que seja por uma hora, então perderia esse privilégio. Em conclusão, o exemplo do cabelo também ensina que a mulher cristã deve levar o véu em todo momento. O cabelo não pode ser tirado e posto a vontade, por exemplo, só para os cultos.
É elogiável a nobre vontade do argumentador acima em querer que as mulheres usem o véu, mas não podemos ir além do que está escrito, Paulo julga que especificamente no momento em que as mulheres oram ou profetizam, elas devem usar o véu. O argumento comparativo em que a mulher não pode optar por tirar e colocar o cabelo a hora que quer, da mesma forma não deve tirar e colocar o véu a hora que quer, pode até ter uma lógica, mas não é bíblico. Ademais, o cabelo não pode ser tirado à hora que quer, e o véu pode ser tirado da cabeça e colocado à hora que quiser.

VÉU É O CABELO?
Muitos recusam o véu, dizendo: "O apóstolo diz no versículo 15 que o cabelo é o véu. Então não precisa de outro cobrimento."
Se você lê os versículos 4–7 cuidadosamente notará que Paulo fala de duas coisas diferentes, o cabelo e o véu. "se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também" (v. 6). Talvez usaria a palavra "também" se falasse só de uma coisa? Se neste caso o cabelo fora o véu, quando ela se descobre já não teria cabelo para cortar. Também notamos que o véu que se menciona nestes versículos é algo que se pode pôr e tirar, o qual não se pode fazer com o cabelo.
Já notamos que o apóstolo usou o exemplo do cabelo (o véu natural que Deus lhe deu a toda mulher) para comprovar a necessidade do uso de outro véu (um símbolo do espiritual e um cobrimento para o cabelo). É triste ver que o que Paulo disse para apoiar esta ordem tenha sido distorcido por alguns para pregar que é desnecessário o véu. Seria um contrassenso Paulo prega a necessidade do uso do véu do versículo dois ao quatorze e quando chegasse ao versículo 15 dissesse que o véu que ele quer dizer é o cabelo.

«...em lugar de mantilha ...» Embora o original grego permita essa tradução é uma grande perversão do texto sagrado dizer que essas palavras significam que uma mulher não precisa mais de véu, se porventura usa longos os seus cabelos. Pois ninguém pode ler o terceiro versículo em diante desta passagem, onde Paulo tanto insiste sobre a necessidade do uso do véu, de conformidade com a ordenança divina, com os costumes sociais e com os ditames da natureza, para então lançar fora todo o seu argumento, supondo que se uma mulher conservar longos os seus cabelos já não precisará usar véu quando ora ou profetiza, sem incorrer em grave incoerência. Porquanto tal conclusão será diametralmente oposta a todos os argumentos anteriores de Paulo, transformando esse apóstolo em um insensato que se contradiz consigo mesmo. Tal interpretação só pode ser aceitável para aqueles que manuseiam desonestamente as Escrituras, procurando adaptá-las aos seus pontos de vista e às suas práticas. Essas práticas ditam que a mulher «não use o véu». Porém, se tantas mulheres crentes não usam o véu, isso não pode estar firmado no que Paulo diz aqui, e nem sobre a suposição que ele recomendava que bastava às mulheres usarem os cabelos longos para não precisarem mais do véu.
O Doutor Russel Norton Champlim, a quem dedico um capítulo inteiro, para aprendermos o texto da carta aos coríntios diz o seguinte sobre o versículo 15:
«...em lugar de mantilha...» (Os cabelos longos da mulher lhe servem de véu natural, pois lhe servem «em lugar de mantilha»). Compreendendo Corretamente Este Texto: 1. Os cabelos longos servem para a mulher de um véu natural; e por si mesmos declaram: «Estou sujeita ao homem [...]. Reconheço a minha subordinação». 2. O véu serve à mulher de véu secundário (artificial), que a mulher deve pôr sobre seus cabelos como símbolo da mesma realidade representada pelos cabelos longos. Os cabelos longos da mulher requerem o uso de um véu; não servem de substituto. Se o véu for retirado, a mulher terá também de rapar os cabelos (ver o vs. 6). Seja usado o véu, e este confirmará o significado dos cabelos longos. Os cabelos longos da mulher como que «convidam» o uso do véu, porquanto as duas coisas encerram o mesmo simbolismo. «Se uma mulher usa naturalmente cabelos compridos, os quais lhe foram dados como cobertura para a cabeça, então não deve constituir vergonha para ela o cobrir a cabeça com um véu. Portanto, que ela use véu. ‘A vontade deve corresponder à natureza’». (Shore, in loc.). «...não como substituto do véu, porquanto isso faria das palavras de Paulo uma estultícia; mas sim, ‘na natureza de uma cobertura’, algo que ‘equivalha ao véu’» (Findlay, in loc.). «Ê fato indiscutível que os cabelos longos, em um homem, o tornam desprezível; mas, em uma mulher, os cabelos compridos a tornam mais amigável. A natureza e o apóstolo falam o mesmo idioma; podemos tentar explicar isso como bem quisermos fazê-lo». (Adam Clarke, in loc.). «Não é ‘em lugar de véu’, e, sim, correspondente ao véu (‘anti’, no sentido em que essa palavra é usada em João 1:16), como um adorno permanente». (Robertson, in loc.).
V.15:"...O cabelo...". No grego a ideia é de um cabelo tratado, adornado, crescido, como glória... "Véu...", no grego significa “cobertura”, ou seja, o cabelo foi dado à mulher como um véu, como tendo a mesma função e a mesma utilidade.
A palavra “mantilha” é a tradução do termo grego PERIBOLAION, que significa “cobertura”. A natureza ensina que a mulher deveria utilizar o cabelo comprido.
"...em lugar de..." No grego a palavra é "ANTI". No N.T. a palavra aparece 22 vezes e muitas vezes significando em oposição a, em face de, e em algumas versões "como".
Isto vem confirmar as conclusões até aqui obtidas. Paulo acha, por inspiração divina, que a mulher deve usar dois véus.
Segue abaixo o comentário do livro do - Dr. OPINAM C. Stamps:
"Paulo sustenta que o homem é a cabeça da mulher. Este fato subentende a subordinação da mulher. Deste modo, estabelece-se uma cadeia de comando: Deus, Cristo, o homem, a mulher. A partir desta proposição deduzem-se decorrências práticas. As mulheres estão erradas, se de qualquer forma, modificam suas diferenças em relação aos homens. Esta admoestação é verdadeira em qualquer circunstância. Paulo dá o exemplo da diferença no vestir. Uma das maneiras de se ver esta diferença estava na maneira dessas mulheres manterem o cabelo. Este devia permanecer de tal maneira que distinguissem os homens das mulheres. O cabelo da mulher simbolizava sua submissão e lealdade a seu marido... Paulo também declara que o cabelo longo é uma vergonha para o homem."

A Associação Cristã de Campinas explica no seu site assim o fato de alguns pastores dizerem que as mulheres não precisam usar o véu, porque o véu é o cabelo: “É evidente que o Apóstolo não iria ordenar tão enfaticamente por meio dos versos 5 e 6, que as mulheres cristãs devem usar o véu, e depois concluir no verso 15 que o cabelo já é véu. Dessa forma, além de contrariar a sua própria argumentação em relação ao uso de véu, colocaria em crise o verso 04 (“todo homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra sua própria cabeça”), pois se cabelo é véu, os homens também estão de véu. Ora, se o apóstolo escreve: ‘cobrir a cabeça’, e se cabelos são o próprio véu, não precisaria cobrir, já estaria coberto; mas como cabelo é cabelo e, véu é véu, não há de se contrariar: ‘…que ponha o véu..’ (verso 6). Cremos dessa forma, que não existe contrariedade bíblica e que o apóstolo Paulo, sendo inspirado pelo Espírito Santo, jamais seria contraditório em seus ensinamentos. Por isso, preserva-se a doutrina do uso do véu pela mulher cristã. Sendo a Igreja em Corinto o tipo de Igreja, deveras carnal, houve ali muitos desvios dos princípios ensinados pelo Apóstolo Paulo. É nítido que os dons de línguas e profecia eram os mais abusados, existindo até mulheres que oravam e profetizavam sem o uso do véu e passaram a ter uma participação no culto, a qual não lhes fora ensinada, e com isso o estado emocional tomava o lugar da espiritualidade.”(7)

No hay comentarios:

Publicar un comentario