(Parte do livro)
SIMBOLOGIA CRISTÃ E O VÉU
O cristianismo é uma religião com poucos rituais e
festas comemorativas. Ainda que inventou-se muitas coisas ao longo do tempo,
mas basicamente no Novo Testamento só vemos como rituais cristãos três
cerimônias:
BATISMO /
SANTA CEIA / USO DO VÉU
Fico estarrecido que muitas outras invenciones são
tão respeitadas e praticadas com fervor e o que a Palavra de Deus manda é
relegada e mesmo esquecida.
Cerimônias copiadas de outras religiões, de
tradições seculares e do paganismo que são incorporadas as práticas cristãs são
levadas muito mais a serio, como exemplo vou citar algumas:
Natal, Dia das Mães, Dia dos Namorados, não comer
carne em dias especiais, comemoração de aniversário, apresentação de criança, noivado,
cerimônia de casamento, templo, cerimônia fúnebre, apelo para aceitar Jesus, bem-vindo
aos visitantes, campanhas disso e daquilo, etc.
Não vou entrar no mérito do valor destas
cerimônias, mas elas não são ordenanças divinas, são tradições humanas. Mas o
batismo, a Ceia do Senhor e o uso do véu, são cerimônias e rituais ordenados na
Bíblia. São rituais porque possuem elementos representativos, figurativos e
simbólicos, assim é que o batismo por imersão com ÁGUA representa o sepultamento do convertido, significando que a pessoa
morreu para o mundo e nasceu para Deus. A Ceia do Senhor é outro ritual que
biblicamente deve ser celebrado todo primeiro dia da semana, cujos elementos
representativos são O VINHO E O PÃO.
Estes dois elementos simbolizam o sangue e o corpo de Jesus, quando celebramos
a ceia/eucaristia/comunhão, estamos relembrando a morte do Senhor por nós, bem
como ao comermos do pão e bebermos do vinho estamos dizendo figurativamente que
a vida do Senhor Jesus está em nós. Quanto ao VÉU, esta pequena peça de pano
que as mulheres cristãs devem por na cabeça quando oram ou profetizam (falam em
público no culto), representa o reconhecimento que as mulheres têm a hierarquia
divina, aos anjos e ao senhorio do sexo masculino como cabeça da mulher e da
criação.
No capítulo 11 da primeira carta aos Coríntios,
Paulo trata de duas cerimônias que estavam sendo deturpadas pelos coríntios, a
questão do véu (versos 2 a 16) e a questão da Ceia do Senhor (versos 17 à 34).
Entendo que a disposição destes dois assuntos no mesmo capítulo é uma indicação
do Espírito Santo para o valor das cerimônias cristãs.
Repetindo: batismo, ceia e uso do véu são rituais
celebrados no cristianismo. Agora, Não são rituais e cerimônias da
doutrina cristã:
Natal – A Bíblia manda comemorar a morte de Cristo
(Ceia) e não o nascimento, além do que Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro.
Muitas igrejas se enfeitam com artigos de natal, quando as mulheres cristãs
deviam se ornar com o véu e não fazem.
Dia das Mães – Invenção comercial muito divulgada
pelos meios de comunicação para aquecer o mercado. De fato devemos honrar pai e
mãe, todos os dias.
Dias dos Namorados – Outra festividade mundana, que
hoje aquece o mercado de motéis e restaurante. O namoro judaico-cristão esta
longe do modelo hoje praticado. A igreja existe para influenciar o mundo e
mudar os costumes de quem se converte e não ser guiado pelos costumes do mundo.
Muitas igrejas promover encontros para casais neste dia e até para jovens para
incentivar o namoro entre os fiéis. Incentivar a obediência a Palavra não
fazem.
Não comer carne em dias especiais – Deixar de comer
carne em respeito ao Senhor é um sacrifício pessoal até louvável, mas o leve
sacrifício de por o véu na cabeça quando oram, as cristãs não o fazem.
Aniversário – Festa mundana, na Bíblia é citado o
aniversário de Herodes que mandou decepar a cabeça de João Batista em plena
festa de aniversário: “Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes” (Mateus 14.6). Se
não parabenizar a irmã no dia do seu aniversário, ela até se ofende, mas quando
ora não se cobre com o véu que ofende a hierarquia divina.
Apresentação de criança – Este é um ritual do
judaísmo, que nem mesmo foi emprestado pelo cristianismo, fazemos por imitação.
Não há ordem expressa no cristianismo para apresentar crianças no culto. Sim,
todos os pais devem apresentar seus filhos em oração a Deus e devem educa-los
na vontade de Deus. Bem, podemos levar criança recém-nascida para apresentar no
culto para que a igreja ore por ela, mas por que as mulheres não oram com o véu
na cabeça que é ordenança bíblica?
Noivado – Quando um casal se compromete em casar,
costumam conforme as tradições das nações, fazer uma cerimonia inventada pelos
homens para trocarem alianças. Mas, por que as mulheres não usam o véu quando
oram, posto que é uma aliança divina, que representa a submissão feminina? Como
vão representar algo que não vivem e que nem querem ser submissas...
Cerimônia de casamento – Não há na Bíblia ordem
expressa para celebrar casamento, mas também não vamos negar que é uma tradição
judaica, na qual o próprio Jesus começou seu ministério de milagres em uma
festa de casamento, transformando água em vinho, demonstrando boa vontade de
Deus para com os momentos de alegria dos homens e das mulheres. Então porque as
mulheres não mostram boa vontade para com Deus usando o véu quando oram. Façam
este milagre!
Templo – O cristianismo é tão simples, mas tão
simples em sua essência que Jesus se esqueceu de determinar a construção de
templos sagrados para ser cultuado. Dezenas de anos depois que Jesus subiu aos
céus e os apóstolos nem tiveram a preocupação de fazer uma campanha para
coletar ofertas para comprar um terreno e construir uma “igreja”. Quem conhece a
Bíblia sabe que os cristãos faziam seus cultos em qualquer lugar, casas,
florestas, terreiros, até dentro de cemitérios. Hoje fazem prédios suntuosos.
Alguns que custaram milhões de reais. Mas, usar o véu na cabeça quando oram
parece que é um preço muito caro para uma cristã pagar. Talvez seja muito
humilhante...
Cerimônia fúnebre – O cristianismo é a religião de
Deus, e Deus se revela aos homens exigindo quase nada de rituais. Não importa
se o cristão é enterrado, cremado, jogado seu cadáver no mar, Deus o
ressuscitará. Se alguém recomendou ou não recomendou sua alma, tanto faz. A
cerimônia fúnebre é outra invenção humana que serve para os vivos se despedirem
do defunto, apenas para ficar diante de um corpo sem vida que nem pode perceber
quem veio ou não ao seu enterro. O maior valor da cerimônia fúnebre é o
conforto que a família do defunto pode receber dos amigos no momento de grande
perda. Agora, como usar o véu é algo que não serve para nada, somente agradar a
Deus, nenhuma cristã tem interesse de usar, nem os líderes tem interesse em
ensinar e determinar a prática bíblica. Este conforto ninguém dá para Deus.
Comprar caixão caríssimo, construir sepultura ostentosa muitos fazem, usar um
véu barato na cabeça que é ordem divina, elas não querem usar...
Apelo para aceitar Jesus – Ao final dos cultos,
logo após a pregação, muitas igrejas criaram o momento do apelo par quem quer
aceitar Jesus. Este apelo ritualístico não era praticado na igreja primitiva. À
medida que as pessoas ouviam a mensagem cristã e demonstram arrependimento e
interesse em se converter, elas eram instruídas na verdade e logo eram
batizadas. O batismo é o ritual de entrada na igreja, o apelo para aceitar Jesus
é um ritual que marca o momento em que a pessoa passa a se preparar para ser
batizada. Ótimo, criam um ritual de pré-ingresso na igreja para se preparar
para o ritual de ingresso na igreja. Por que não segue os rituais que já
existem e estão determinados pela Palavra de Deus, em vez de por em prática os
seus próprios rituais?
Bem-vindo aos visitantes – uma cerimônia, ou ato
litúrgico que ocorre durante o culto em algumas igrejas, é o simpático ato de
apresentar aos fiéis às pessoas que estão visitando aquela igreja. Algumas
denominações cantam até um hino de saudação. Parabéns pela educação em
recepcionar crentes de outra igreja, mas por que as cristãs não recepcionam
Deus e os anjos com o símbolo do véu na cabeça? Não precisa andar o tempo todo
com o véu, Deus só pede que o recepcione assim quando oram ou profetizam.
Campanhas – Muitas igrejas principalmente as
pentecostais, inventam campanhas de oração de sete dias de culto em favor disso,
para conseguir aquilo, uma forma de estimular a fé. É uma invencionice
marqueteira para incentivar os cristãos a assistirem ao culto. Por que não
fazem uma campanha de instrução na Palavra de Deus para conseguirem obedecer à
vontade de Deus?
PRINCÍPIO SIM, SIMBOLOGIA NÃO
O Dr. Fabiano Antônio Ferreira também fala da
importância do símbolo do véu e o princípio espiritual que ele representa: “Uma razão que precisamos considerar para
admitirmos a permanência do véu das mulheres na igreja hoje é de caráter
semiológico, ou seja, diz respeito à maneira como lidamos com os símbolos
estabelecidos por Deus para a igreja. Assim, quando encontramos, por exemplo,
na nota de rodapé da Bíblia de Estudo Pentecostal acerca desta passagem, v. 6,
a assertiva seguinte: “o princípio subjacente ao uso do véu deve permanecer,
enquanto que o símbolo não”, temos de escolher entre o ensino apostólico e uma
tradição interpretativa que se choca com esse ensino. Pois, abolir o uso do véu
arbitrariamente por ser apenas um símbolo no NT e tentar abstrair um princípio
subjacente é dicotomizar injustificavelmente o símbolo e a realidade
simbolizada, passando por cima do claro ensino do apóstolo, cuja
intencionalidade comunicativa claramente exposta em seu texto jamais
sancionaria tal procedimento. De fato, isto demonstra, também, um procedimento
semiológico dúbio, infundado e até perigoso. Por que? Porque estabelece a
autoridade do intérprete em decidir o que deve e o que não deve permanecer na
Palavra de Deus, quanto à questão dos símbolos. Então, se eu sou a autoridade
nessas questões, a Bíblia deixa de ser a autoridade; quer dizer, o intérprete
se coloca em posição acima da do apóstolo, que ordena explicitamente: Que ponha
o véu! Deste modo, se eu posso decidir ficar com alguns símbolos que julgo
necessários e abolir outros que julgo supérfluos, este procedimento semiológico
abre espaço para eu ter de calar-me quando alguém extrapolar nessa linha de
ação, alegando que o que realmente importa é a realidade simbolizada e abaixo
qualquer tipo de símbolo! Assim, se surgir um novidadeiro teológico, vítima do
MHC (consciente ou inconsciente), que adotou esta posição extremada e julga que
não são mais necessários por serem apenas símbolos, que autoridade eu terei
para discordar dele, tendo em vista que eu também procedi da mesma maneira e
aboli os símbolos que julguei inconvenientes e mantive outros que quis, e ele
da mesma maneira? Bem, então, a questão se complica, pois se os homens são as
autoridades, cada um fará o que quiser neste campo semiológico e ninguém tem
direito de reclamar. Contudo, as coisas não devem ser assim. Neste caso
especifico dos símbolos do NT, é melhor que ouçamos Ferdinand de Saussure, o
grande linguista, que postulava que o significante é indissociável do
significado, como os dois lados de uma moeda, e mantenhamos os símbolos que nos
foram legados no NT, embora saibamos que o que importa mesmo é a realidade
simbolizada. Então, diz o apóstolo, no caso das mulheres: Que ponha o véu!”
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