(Parte do livro)
MÉTODO HISTÓRICO-CRÍTICO
DE INTERPRETAR
20 Sabendo primeiramente isto:
que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. 21 Porque a profecia nunca foi produzida por
vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo
Espírito Santo. (II Pedro 1.20-21)
O Dr. Fabiano Antônio Ferreira aponta um erro grave
dos evangélicos quando seus líderes adotam um método histórico crítico de
interpretar a Bíblia, onde o intérprete se acha mais importante do que o texto
sagrado. Aliás, sagrado para os tais são suas interpretações. O texto bíblico
pode conter erros, ou resquícios de culturas primitivas que os tais se acham no
direito de descartar ao interpretar a Bíblia. O artigo do Dr. Fabiano diz: “Vimos que a primeira razão para esta
conclusão é que consistiria em uma violação do princípio bíblico da autoridade
da Escritura afirmar que os apóstolos ministraram muitos ensinos condicionados
pela cultura de seu tempo e que não podemos fazer uma transposição de muitas
partes do Novo Testamento para os nossos dias. Mostramos que afirmar a presença
de “dependência da cultura” nos ensinamentos apostólicos significa negar as
doutrinas da inspiração e autoridade da Escritura, ao mesmo tempo em que nos
lança em um verdadeiro subjetivismo, para estabelecer o que é ou não é
condicionado culturalmente e, assim, roubando-nos todos os critérios objetivos.
Este é um dos grandes males que o MHC (Método Histórico-Crítico) trouxe para a
vida da Igreja: roubou a autoridade da Bíblia e investiu os intérpretes de
autoridade para dizer o que nela está certo ou errado, o que é aplicável ou não
contemporaneamente. Dissemos, portanto, que, efetivamente, tal procedimento não
deixa de parecer com um tipo de gnosticismo pós-moderno ou é uma outra forma
moderna ou pós-moderna de fazer crítica da Bíblia para sancionar o querer do
intérprete! Realmente, na maioria das vezes, o próprio intérprete é que está
condicionado pelo legado tradicional mantido por sua denominação. Infelizmente,
quando o intérprete tem de escolher entre o claro ensino da Escritura e sua
tradição denominacional, por uma questão de conveniência, ele prefere ficar com
sua tradição. Caímos, quando assim procedemos, na mesma condenação dos escribas
e fariseus dos tempos de Jesus: invalidamos a Palavra de Deus pela nossa
tradição! Peço ao leitor que leia Mt 15.1-6 com atenção e reanalise a situação
da igreja evangélica contemporânea à luz desse texto. É de bom alvitre
ressaltar aqui que há uma tradição no NT divinamente estabelecida e que
ninguém, em tempo algum, tem autoridade de abolir, a menos que seja uma vítima
do MHC e se julgue com esse direito. Diz o apóstolo Paulo em 2Ts 2.15: ‘Então,
irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por
palavra, seja por epístola nossa’.”
Não podemos excluir o mandamento do uso do véu
pelas mulheres, não podemos isolar o texto de I Coríntios 11.1-16 como uma
tradição sem sentido e que não é mais proveitosa para a Igreja.
16 Toda a Escritura é divinamente
inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para
instruir em justiça; 17 Para que o homem
de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra. (II
Timóteo 3.16-17).
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